Tudo começa a partir do momento em que nos apaixonamos, é quando temos a sensação de não conseguir viver mais sem aquela pessoa, e sequer lembramos que há alguns dias atrás ela sequer fazia parte da nossa vida, mas mesmo assim, seguimos alucinados, perdemos a concentração e ficamos “bobos”. Assim nos amarramos ao outro, seja através de um contrato ou de um par de alianças, a verdade é que alimentamos a ilusão de sermos um do outro.
Nesse percurso parecemos viver em outro lugar no planeta, tão longe que não percebemos que a vida pode ser comparada com uma viagem em um barquinho, com o qual cruzamos com várias pessoas no nosso caminho, até que certo dia avistamos alguém em outro barco que nos faz querer parar. Depois disso passamos a acreditar que a viagem vai ser muito mais feliz se navegarmos juntos. Mas assim como a vida, cada barquinho é individual, e se aceitarmos que o outro navegue com a gente, correremos o risco de afundar. E quando isso acontecer um dos dois ficará sem rumo até naufragar.
Então decidimos que a melhor forma é seguirmos juntos, cada um em seu barquinho, mas segurando a mão do outro, com muita vontade de ficarmos juntos, sem sequer importar com o tamanho das ondas que iremos enfrentar.
E assim vamos enfrentando as adversidades, os perigos, até que passa outra pessoa em outro
É nesse momento que precisamos repensar a nossa vida, e termos certeza do nosso caminho, dos nossos laços. Não podemos soltar as mãos a cada nova onda que nos estremecer, e também não devemos desistir ou mudar o nosso rumo a cada novo barco que carregar alguém capaz de nos fazer parar.
Lembre-se que quando decidimos acabar um relacionamento, pode ser que lá na frente, a gente decida voltar a remar para conseguirmos dar as mãos novamente. E as mesmas mãos que estiveram um dia estendidas para você ainda podem estar te esperando, mas o coração será outro, pois depois da solidão e da dor, ele terá começado a naufragar. Então talvez não seja por vingança, falta de amor ou frieza, mas esse alguém que você remou tanto para reencontrar pode estar vivendo outro momento, pode estar calejada diante das incertezas da vida, suas turbulências. Afinal, lá no horizonte, sempre tem mais ondas se formando. E elas não param para que a gente possa ser feliz.
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